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sábado, 2 de janeiro de 2010

A MOCHILA


A Mochila


Como já vimos nos capítulos anteriores, em dezembro de 2007 minhas colegas e eu fizemos um retiro de discernimento vocacional. Esse retiro me trouxe tanta paz que quando rezava pedia para Jesus que aquela paz que eu sentia pudesse se estender a minha família, aos meus amigos e a todas as pessoas que procuravam servir Jesus. Senti tanto amor vindo de Deus que gostaria que outras pessoas pudessem sentir tal amor.

Enviada para o deserto de oração recebi uma mochila com algumas coisas dentro: uma imagem de Jesus, Bíblia, água, e biscoitos. Abri e comecei a rezar em cima de tudo o que tinha recebido. Essa mochila trazia tudo o que eu precisava para ficar em deserto de oração: alimento para o corpo e para a alma, uma imagem de Jesus que me faz lembrar a Sua Presença Preciosa; a Palavra de Deus para sempre ouvir, praticar e levar aos outros; água para saciar a sede e para lembrar que Jesus é a fonte de Água Viva (João 4,13: “Quem bebe desta água vai ter sede de novo. Mas aquele que beber a água que eu lhe darei, vai se tornar dentro dele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”). Esta é a água que dá vida e fortalece para o caminho; dá um lugar para descansar. E ainda, a pérola, a coisa mais valiosa, a qual me impulsiona a sempre, sempre, sempre seguir, e que me faz perceber que tenho a missão de cuidar dessa pérola, pois a minha maior riqueza é a vida que Deus me deu e, além disso, a pérola é O Senhor.
A natureza é para mim como uma ponte, que aproxima o meu coração ao coração de Deus, pois é no silêncio do coração que podemos encontrar Deus.
O alimento ensina que devo aprender e ser dócil, como Deus é, mas também que é necessário uma pitada de sal.
Até o galho que segura a mochila, eu uso para me defender. E me mostra que Deus é o galho que segura todos os “meus pertences” e que me faz segura em Deus.
A fita que amarrava a mochila, eu usei amarrada em um pedaço de madeira; quando estava no alto, me mostrava a direção que o vento estava aí eu via qual era o melhor caminho a seguir.
E os bichinhos que não desgrudavam de mim, me fizeram perceber que Deus quer estar comigo, Ele não quer desgrudar de mim, quer me tocar. Como o mosquito que ficava de “zumzumzum” no meu ouvido, me mostrava que Deus cochicha no meu ouvido, na espera que eu ouça. Ele não grita para não assustar, e cochicha para que eu faça silêncio para melhor ouvi-Lo.
Olhava os galhos das árvores, maleáveis ao vento, assim devo ser, maleável a Deus.
A porteira da chácara estava aberta, mas será que as porteiras do meu coração estavam abertas a Vontade de Deus?
Comecei a comer e pensei em como aquele biscoito foi feito, o cozinheiro misturou vários ingredientes, e assim ficou muito gostoso Quando nos unimos com outros ingredientes, o nosso alimento fica muito mais gostoso, pois cada um tem uma parte na receita.
Quando somos enviados à missão não precisamos de muita coisa, apenas dessa mochila, pois o resto o caminho nos dá.
Micheli da Rosa Cavalheiro (Livro Ele me escolheu página 20

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